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2011: MÚSICAS, FILMES E PETISCOS

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Aqui no Bic Laranja Escrita Fina não se anda a dormir. À semelhança do que se passa nas publicações de prestígio mundo fora, também aqui se elege o melhor da música e dos filmes. Mas como estamos a falar de um blog com características de café central, ir-se-a falar igualmente de tascas e afins. Qual a melhor casa de pasto em 2011? Pois muito bem. Comecemos pela música. O Leonard Cohen, o Serge Gainsbourg e a rádio (já conhecem www.luxuriamusic.com?) são alguns dos responsáveis por não se ouvir essa música nova que aparece por aí a toda a hora. Com a devida atenção não se ouviu mais do que uns 50 discos novos ao longo de 2011. Vai-se ouvindo umas canções aqui e ali, mas discos de ponta à ponta não foram muitos. Mas se houve um realmente a destacar-se pela genialidade, foi sem dúvida o «Kaputt» de Destroyer. Depois de uma vista de olhos pelas listas publicadas por cá, reparou-se que os Radiohead não fazem parte das contas: será um fenómeno semelhante ao Lars Von Trier? 1 - Ka

O ESTADO DAS NOSSAS COISAS

Até estava muito povo para almoçar, mas não desisti e em 20 minutos estava a ser servido por uma senhora muito simpática que trata toda a gente por «filho». Comecei com uma sopa de legumes: um caldo aveludado com abundantes folhas frescas de espinafres. Para seguir em frente escolhi uns filetes de pescada em fritura impecável acompanhados por um belíssimo arroz de cenoura e ervilhas: solto e em cozedura perfeita. Acompanhei com um óptimo sumo de laranja e prescindi da fruta fresca que parecia oriunda ali do Oeste. Ambiente jovem e cosmopolita em espaço amplo e decoração minimalista. No que toca a filetes até podia ser um crítico qualquer a falar de um Pap’Açorda, mas não, está-se mesmo a falar da cantina da Universidade Nova de Lisboa! Por uma refeição completa paguei 2.40€! No outro dia marquei uma consulta no Centro de Saúde de Alvalade sem qualquer tipo de urgência e, em 8 ou 10 dias, lá estava eu à hora combinada a ser atendido por uma excelente médica que me passou os habit

RESTLESS

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De volta e meia aparece aquele filme que nos leva a dizer: «Este é o melhor filme que vi nos últimos anos!». E foi precisamente isso que aconteceu agora com “Inquietos” de Gus Van Sant. É por esta e por outras que se torna muito difícil eleger o filme das nossas vidas - há sempre um, de tempos em tempos, que quer logo fazer parte da lista. Não vou entrar em grandes detalhes nem nas razões que me levaram a gostar tanto deste "Inquietos", prefiro deixar isso com quem realmente percebe da coisa. E se muitas vezes não concordo com a opinião deste crítico, desta vez fiquei rendido com o texto do Luís Miguel Oliveira no Ípsilon que amanhã irá para as bancas (hoje disponível no online). Só lhe falta uma estrela para ser perfeito! Deixo aqui um excerto que gosto particularmente: «Se a gente se ri, ou sorri, é porque ter o coração quente dá vontade de rir e sorrir, e a justeza emocional de “Inquietos”, sobretudo nas pequenas coisas (os beijos, as zangas, as cartas), é admiráv

LISBON & ESTORIL FILM FESTIVAL'11

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Está aí à porta o Lisbon & Estoril Film Festival com muitos filmes para ver nos próximos dias. Só hoje o programa foi devidamente lido aqui pelo bloguista de serviço e também só hoje se deu conta da presença de gente ilustre como o David Cronenberg na antestreia de “A Dangerous Method” ou do Leos Carax na exibição de “Pola X”. Para estas duas sessões já cá moram os bilhetes, assim como para a sessão de abertura com o novo filme do Gus Van Sant: “Restless”. Mas espera-se haver disponibilidade para ver mais cinema. Na agenda já estão marcados os últimos filmes deste pessoal: George Clooney ("The Ides of March"), Pedro Almodóvar ("La Piel Que Habito"), Lars von Trier ("Melancholia"), Roman Polanski ("Carnage"), Nicolas Winding Refn ("Drive"), Jean-Pierre e Luc Dardenne ("Le Gamin au Vélo"). Em competição vão estar "A Vingança de Uma Mulher", de Rita Azevedo Gomes, "Amnistia", de Bujar Alimani,

LONDON EYE

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A primeira vez que andei por Londres foi em 1988 (pouco tempo depois do Coronel Gaddafi mandar rebentar com o Voo 103 da Pan Am ). Nessa altura, levado pela irmã mais velha, não escapou nada: Torre de Londres, Big Ben, Madame Tussauds, Jóias da Coroa, Palácio da Rainha, o Nº 10, o Render da Guarda, os Punks de Picadilly, Museu da História Natural, Harrods, Hard Rock Café, as Cabines Telefónicas e os Autocarros. Até ao Jardim Zoológico eu fui. Tudo em três dias. Passados uns anos a coisa mudou de figura. Voltei a Londres várias vezes mas com outros propósitos e com outro tipo de guia. E se fazer o circuito turístico é bom, viver a cidade é muito melhor. Nos dias que correm, e sabendo que alguém nos dá albergue, é ela por ela ir ao Porto ver um concerto na Casa da Música e visitar Serralves ou apanhar um Easy Jet qualquer, ver um concerto na Brixton Academy e visitar a Tate. Desta vez havia Spiritualized na manga, mas a ida do Nuno para a Nova Zelândia foi a principal razão d

NEVERMIND

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Não há volta a dar, um gajo já não vai para novo. O Nevermind dos Nirvana faz 20 anos e, por acaso, só por acaso, lembro-me agora de o ter comprado numa discoteca chamada Scala situada no centro comercial D. Dinis, em Leiria. Percebo melhor agora porque é que a rapaziada mais nova me trata por senhor! Com isto quero eu dizer que voltei a recordar o concerto dos Nirvana há uma pipa de anos em Cascais, acho que foi em Fevereiro de 1994. Foi um concerto extraordinário com a primeira parte a cargo dos Buzzcocks. Decidi procurar o bilhete desse concerto e encontrei todos os outros que consegui guardar até hoje. O concerto dos Nirvana terá sido mesmo o melhor concerto que vi até hoje, mas o de Tricky está ali logo logo coladinho no topo de preferências. Depois há Stones, Bob Dylan, as pernas e espectáculo de Tina Turner, o Bowie, o Paul Simon, os dEUS, o mítico concerto dos Sonic Youth no Campo Pequeno, os Jesus, o Beck, o Nick Cave, os Fall em Almada, Sparks no CCB, etc, etc (como