2011: MÚSICAS, FILMES E PETISCOS

Aqui no Bic Laranja Escrita Fina não se anda a dormir. À semelhança do que se passa nas publicações de prestígio mundo fora, também aqui se elege o melhor da música e dos filmes. Mas como estamos a falar de um blog com características de café central, ir-se-a falar igualmente de tascas e afins. Qual a melhor casa de pasto em 2011?

Pois muito bem. Comecemos pela música.

O Leonard Cohen, o Serge Gainsbourg e a rádio (já conhecem www.luxuriamusic.com?) são alguns dos responsáveis por não se ouvir essa música nova que aparece por aí a toda a hora. Com a devida atenção não se ouviu mais do que uns 50 discos novos ao longo de 2011.
Vai-se ouvindo umas canções aqui e ali, mas discos de ponta à ponta não foram muitos. Mas se houve um realmente a destacar-se pela genialidade, foi sem dúvida o «Kaputt» de Destroyer. Depois de uma vista de olhos pelas listas publicadas por cá, reparou-se que os Radiohead não fazem parte das contas: será um fenómeno semelhante ao Lars Von Trier?

1 - Kaputt - Destroyer
2 - Chromatic - You Can’t Win, Charlie Brown
3 - El Camino - The Black Keys
4 - The King of Limbs – Radiohead
5 - No Time for Dreaming – Charles Bradley
6 - Nostalgia, Ultra – Frank Ocean
7 - Helplessness Blues – Fleet Foxes
8 - Arabia Mountain – Black Lips
9 - Whit’s End - Cass McCombs
10 - Last Summer - Eleanor Friedberg



Não é de agora que o Gus Van Sant nos dá o melhor cinema do mundo: «Elephant», «Paranoid Park», «Last Days» são alguns dos melhores filmes do cinema contemporâneo, mas este «Restless» é uma boa lágrima no canto do olho, seja ela de felicidade ou tristeza. Filmes destes aparecem de tempos em tempos e até arriscava a dizer que estamos perante o melhor filme de sempre, mas não, segundo dizem, esse ainda está para vir.
Falta ver «Sangue do meu Sangue» do João Canijo e o «Separação» do iraniano Asghar Farhadi, que desconfio serem grandes filmes, mas para já eis os dez melhores filmes de 2011 para o Bic Laranja Escrita Fina.

1 - Restless – Gus Van Sant
2 - Melancholia – Lars Von Trier
3 - A Árvore da Vida – Terry Malick
4 - Indomável – Ethan e Joel Cohen
5 - Método Perigoso – David Cronenberg
6 - Somewhere – Sofia Coppola
7 - A Pele Onde eu Vivo – Pedro Almodóvar
8 - Blue Valentine – Derek Cianfrance
9 - Midnight in Paris – Woody Allen
10 - Carlos – Olivier Assayas



A melhor tascaria de 2011.

O melhor cozido à portuguesa pode ser degustado às quintas-feiras n’ A Merendinha do Arco, mesmo em frente ao animatógrafo do Rossio, em Lisboa. Para além desta tradicional iguaria, podemos avançar sem medo com os torresmos, caldinho de camarão, bife à casa ou mesmo umas iscas com elas. Pinga da casa a condizer com um serviço de excepção. Também em Lisboa, no Pirilampo, em Alvalade, come-se um dos melhores bitoques da cidade e o resto da ementa não é nada má: camarões, iscas, arrozes e frituras são pratos a ter em conta. Ainda em Alvalade come-se o melhor frango de churrasco (do mundo?). É aguentar na fila do Rio de Mel uns vinte minutos e levar para casa o animal e um não menos extraordinário leite creme.

Para outros andamentos, o restaurante O Largo ao pé do São Carlos é uma casa cheia de pinta, largam-se mais de 30 euros, mas é garantida uma refeição de altíssima qualidade. Continuando e entrando no campeonato do peixe, pode dizer-se sem hesitar, que linguado fresco sem perder couro e cabelo é mesmo n’ A Toscana, em Alcântara. Para terminar a ronda por Lisboa não podia deixar de passar pelo Alto de Santo Amaro e pelo Café Dias: estabelecimento como já não há muitos onde podemos beber um galão como deve ser (e bem sabemos como é difícil…), almoçar uma salada de categoria ou à noite beber minis sem lei. E agora ao que parece também há Brunch ao fim-de-semana. Diz quem foi que é de se lhe tirar o chapéu!

Fora da capital destacam-se o monumental bife de carne barrosã do Novo Coimbra, em Ourique, mesmo à beira da estrada nacional; no Porto a cervejaria Pontual com uma das melhores francesinhas da cidade e finos a estalar; Em Londres, o restaurante tailandês Busaba Ethai, no Soho, merece nota máxima e, por fim, na Galiza, La Guardia: tapa que é tapa come-se na Casa da Abuela, aqui só temos mesmo de evitar dar de caras com o Durão Barroso.


Restaurante O Largo

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